Inflação e economia global: o que esperar para 2025?

Entenda como a inflação pode impactar a economia global

Atualizado em dezembro 14, 2024 | Autor: Ivan Martins
Inflação e economia global: o que esperar para 2025?

Se tem uma coisa que a gente tem percebido nos últimos tempos é como tudo está mais caro. Fazer compras no mercado ou abastecer o carro virou um desafio para o bolso. E isso tem uma explicação: a inflação.

Esse termo tão falado, e que às vezes parece complicado, nada mais é do que o aumento nos preços que afeta diretamente o nosso dia a dia.

Nos últimos anos, vários acontecimentos globais colocaram ainda mais pressão na economia.

A pandemia bagunçou a produção e o transporte de produtos, a guerra na Ucrânia aumentou os custos da energia, e as mudanças climáticas têm feito o preço de alimentos disparar.

Tudo isso, somado, criou um cenário onde o dinheiro parece valer menos, e as coisas ficam cada vez mais caras.

Mas será que essa situação vai melhorar? O que esperar para os próximos anos?

Neste post, vamos falar sobre os fatores que estão impulsionando a inflação, o que pode acontecer até 2025 e como você pode se preparar.

O que é a inflação e por que ela importa?

Pra começar, é importante entender o que é a inflação. Basicamente, é quando os preços de bens e serviços sobem de forma generalizada, e isso diminui o poder de compra das pessoas.

Ou seja, o dinheiro que você gastava no mercado para encher o carrinho hoje não dá mais para comprar tudo o que comprava antes.

Uma inflação controlada é algo normal e até saudável para a economia, mas quando ela dispara, todo mundo sente.

Os preços sobem muito rápido, os salários não acompanham, e o custo de vida fica cada vez mais pesado.

E tem mais: para tentar frear essa alta de preços, os bancos centrais, como o Banco Central aqui no Brasil, aumentam os juros.

Isso faz com que os financiamentos fiquem mais caros e a economia desacelere, mas é uma forma de tentar conter a inflação.

Por que a inflação está tão alta?

A inflação que estamos vivendo hoje não surgiu do nada.

Ela é resultado de vários acontecimentos que foram se acumulando nos últimos anos.

Entre eles, podemos destacar:

  1. Pandemia e cadeias de produção desorganizadas: Quando a COVID-19 chegou, muitas fábricas fecharam ou diminuíram a produção. Isso causou uma escassez de produtos, e a velha regra da economia é clara: quando tem menos oferta e a demanda continua alta, os preços sobem.
  2. Custos de energia nas alturas: A guerra entre Rússia e Ucrânia teve um impacto gigantesco nos preços do petróleo e do gás natural. E, como a energia é essencial para tudo – transporte, produção, consumo –, o aumento nos custos refletiu em vários setores.
  3. Mais dinheiro circulando: Durante a pandemia, muitos governos colocaram dinheiro na economia para ajudar as pessoas e os negócios a sobreviverem. Isso era necessário, mas acabou aumentando a demanda por produtos e serviços em um momento em que a oferta estava baixa, contribuindo para a inflação.
  4. Clima e agricultura: Secas, enchentes e outros eventos climáticos extremos prejudicaram a produção agrícola. Isso fez o preço de alimentos básicos, como grãos e carne, subir bastante.

Com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, não é surpresa que a inflação tenha atingido níveis tão altos no mundo todo.

O que pode acontecer até 2025?

Se por um lado a inflação está alta agora, por outro, existem boas chances de que ela comece a dar uma trégua nos próximos anos.

Mas calma, isso não significa que tudo vai voltar a ser como era antes.

Inflação mais baixa, mas ainda presente

As ações dos bancos centrais, como o aumento das taxas de juros, já estão começando a surtir efeito em algumas partes do mundo.

A expectativa é que, até 2025, a inflação esteja mais controlada, especialmente nos países desenvolvidos.

No Brasil, porém, a história pode ser um pouco diferente.

A volatilidade do dólar e o impacto de eventos climáticos na produção agrícola ainda podem manter a inflação acima da meta do Banco Central.

Cadeias de produção mais organizadas

Outro ponto positivo para os próximos anos é a normalização das cadeias de suprimentos.

Com a pandemia controlada, a produção industrial está voltando ao normal, o que deve ajudar a equilibrar a oferta e a demanda de muitos produtos.

Setores que continuarão pressionados

Mesmo com a inflação desacelerando, alguns setores devem continuar sofrendo com preços elevados.

Entre eles:

  • Alimentos: A mudança no clima continuará impactando a produção agrícola, especialmente em países com menos infraestrutura.
  • Energia: A transição para fontes de energia renovável, apesar de necessária, pode elevar os custos no curto prazo.
  • Tecnologia: Os custos de produção, somados à alta demanda por dispositivos eletrônicos, devem manter os preços elevados.

Como os governos podem ajudar?

Para enfrentar os desafios que vêm por aí, os governos precisam adotar políticas eficazes.

Aqui estão algumas ideias que podem fazer a diferença:

  • Investir em infraestrutura: Melhorar estradas, portos e sistemas logísticos ajuda a reduzir custos de transporte e aumenta a eficiência econômica.
  • Promover práticas sustentáveis: Incentivar a agricultura sustentável e fontes de energia renováveis pode diminuir a dependência de recursos que sofrem grande volatilidade de preços.
  • Garantir políticas fiscais equilibradas: É essencial que os governos gastem de forma responsável, evitando aumentar ainda mais a inflação.

O que você pode fazer para se proteger?

Enquanto as soluções em nível global e nacional são implementadas, cada pessoa pode tomar medidas práticas para se proteger da inflação.

Aqui vão algumas dicas:

  1. Organize seu orçamento: Se possível, anote todos os seus gastos e veja onde pode cortar ou economizar.
  2. Faça compras planejadas: Aproveite promoções e evite compras por impulso, especialmente em itens que podem variar muito de preço.
  3. Proteja seu dinheiro: Considere investir em produtos financeiros que acompanham a inflação, como títulos do Tesouro atrelados ao IPCA.
  4. Busque novas fontes de renda: Trabalhos extras ou pequenos negócios podem ajudar a complementar o orçamento.

Inflação e economia

A inflação é um desafio que, infelizmente, não vai desaparecer tão cedo.

Mas as perspectivas para 2025 mostram que há motivos para acreditar em um cenário mais estável, ainda que com algumas dificuldades.

O importante é ficar de olho nas mudanças e se adaptar.

Controlar os gastos, investir de forma inteligente e buscar maneiras de aumentar a renda são atitudes que podem fazer toda a diferença.

Afinal, entender o que está acontecendo na economia nos ajuda a tomar decisões melhores e proteger o que é nosso.

Ivan Martins

Ivan Martins

Acadêmico e cientista social, com mais de 3 anos de experiência como redator web. Especialista em finanças e cartões de crédito, compartilha seu conhecimento de forma clara e acessível, ajudando seus leitores a entender e tomar decisões informadas sobre o mundo financeiro. Com uma abordagem prática e focada, combina sua formação acadêmica com uma visão crítica e atual sobre os temas que aborda.

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